10 de novembro de 2009

Rammstein ao vivo: ...E LISBOA PEGOU FOGO

Soberbo! Extraordinário! Faltam adjectivos para qualificar esta actuação dos Rammstein, apesar de algumas vozes discordantes que se calhar preferiam um alinhamento mais em regime de colectânea de sucessos. No entanto, tal como seria previsível, o novíssimo álbum do grupo acabou por servir de base a grande parte do espectáculo a que se assistiu no passado dia 8 de Novembro no Pavilhão Atlântico.
O concerto iniciou-se com o pavilhão Atlântico às escuras enquanto o ruído de obras acontevia e o palco, do qual só se perspectivava um muro negro, começou a abrir brechas, numa alusão, talvez, ao recente aniversário da queda do muro de Berlin (recorde-se que os Rammstein proveêm da ex-RDA). "Rammlied", "B*****" e "Waidmanns Heil" deram início às hostilidades com o show cénico já característico do grupo. O poderosíssimo "Keine Lust" e o tecno-metalaleiro "Weisses Fleish" foram os primeiros clássicos a desfilar. De resto, tudo o que a gente poderia querer de um concerto dos Rammstein: chamas, labaredas, explosões e inúmeras nuances cénicas e de luzes. Nem faltou um suposto intruso a ser atingido pelo lança-chamas do vocalista, correndo depois pelo palco em chamas, num truque que deve ter assustado os mais desprevenidos. Em "Wiener Blut" bonecas de plástico descem do tecto numa atmosfera macabra, em "Ich Tu Dir Weh" o vocalista sobe um pequeno elevador para dar um banho de fogo de artifício ao teclista e em "Feuer Frei" assistiu-se à já tradicional luta de "lança-chamas faciais".
Depois do fantástico tema título do último álbum, assistiu-se a um desfilar de êxitos como "Benzin", "Links 2 3 4", "Du Hast" - com raios laser e foguetes a passar por cima da plateia - e "Pussy" - com Tll Lienderman em cima de um foguete a enviar espuma para o público até uma explosão de confetis na primeira despedida do palco.
Nos encores assistimos a um fantástico "Sonne", com luzes alaranjadas a crias um fantástico ambiente, "Ich Will" entoado por todos, o velhinho "Seemann" e o assobio do épico "Engel" para as despedidas.
Em suma, um concerto grandioso que confirma os Rammstein como a banda rock-metal com melhor produção em palco do Mundo. Uma espécie de Pink Floyd do metal.
Nota negativa para grande parte do público presente, mais preocupado em filmar o concerto em vez de nele participar mostrando-se, por isso, muito estático para concertos desta natureza.
Na primeira parte tivemos os gótico-industriais, Combichrist, que surpreenderam positivamente. Esperemos ouvi-los mais vezes nos próximos tempos.

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