5 de novembro de 2009

Discos: RAMMSTEIN - "LIEBE IST FUR ALLE DA"

No próximo dia 8 de Novembro os Rammstein vão actuar em Lisboa, no Pavilhão Atlântico. A banda acabou de lançar o seu primeiro álbum de originais em 4 anos - "Liebe ist für alle da" (O amor cura tudo - que é bem capaz de ser dos melhores, senão o melhor, álbum da sua carreira.

Os Rammstein começaram a cimentar o seu estatuto através dos seus espectáculos, literalmente incendiários, em que a vertente visual assumia um importante papel. A sua fama era mais notória na Alemanha e a sua música caracterizava-se por ser uma mistura uma espécie de crossover tecno-metal com influências de algum rock industrial - nomeadamente bandas como Ministry. Quando a fama começou a bater à porta, o grupo cerrou fileiras e resolveu apostar em temas de mais qualidade e densidade. Com o álbum "Mutter" os Rammstein deram um novo impulso à sua carreira, com temas com outra estrutura, procurando efectuar bons temas metal, no sentido lato do termo, enérgicos, acrescentando uma nova vertente melódica, patente nos refrões orlhudos e nos aranjos épicos. "Reise Reise" continuou essa evolução, apresentando temas de maior qualidade, enquanto que em "Rosenrot" se pressentiu já alguma estagnação, apesar de alguns pontos altos. Posto isto, a banda dedidiu fazer uma paragem tendo-se dedicado a outros projectos, como os Emigrate do guitarrista Richard Kruspe.

Ao fim deste tempo, pode-se dizer que a paragem foi frutuosa pois os Rammstein apresentam-nos aqui um trabalho de grande nível. Logo àbrir, "Rammlied" mostra a maior novidade a nível técnico com reflexo no som geral da banda: a bateria tem agora duplo bombo, que acompanha os power chords das guitarras na perfeição. Ou seja, a agressividade característica soa amplificada. Sinistros sons electrónicos fazem a introdução para o segundo tema, "Ich Tu Dir Weh" é na certa um novo hino nos concertos da banda. Outro dado assinalável: a voz de Till Lindemann está muito mais eclética, sendo as suas opções melódicas muito mais diversificadas do que até aqui.

"Waidmanns Heil" é apenas uma boa réplica de "Feuer Frei", mas "Haifisch" é diferente de tudo o que o grupo já fez , uma espécie de electro-ska clashiano. "B*******" é uma grande canção à Rammstein e "Frühling in Paris" é uma versão de Edit Piaf, num estilo folk semelhante a outros temas que a banda já fez. "Pussy", o single de avanço, é já um hit com o som único e personalizado do grupo em acção. Para o fim, ficamos talvez com dois dos temas mais fortes de todo o álbum: o espectacular tema título e ainda "Mehr", metal limpo e mecânico, com uma produção irrepreensível a roçar a perfeição, no fundo a mistura que é o segredo da banda.

Na tendência ascendente que tem caracterizado a sua carreira, os Rammstein dão outro passo em frente com este novo trabalho, em termos de qualidade, talento e, possivelmente, sucesso, afirmando-se cada vez mais como uma das bandas mais destacadas do planeta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estamos lá como não poderia deixar de ser !!!!

Será que é necessário levar um fato de amianto ??

Aahahha

C/ Rammstein nunca se sabe ..