26 de setembro de 2011

Os melhores álbuns de sempre: MNEMIC - "SONS OF THE SYSTEM"

Existem certos melómanos que criticam o estilo metal pela falta sua de originalidade o que, em bastantes casos, acaba por ser justificado - para alguns a repetição e o auto-plágio é mesmo motivo de elogio. No entanto, não é isso que acontece com algumas bandas em que a procura do novo e a exploração de novos territórios é a sua imagem de marca, não deixando de continuar dentro dos parâmetros do som hard'n'heavy. É o caso dos dinamarqueses Mnemic.

Elogiados um pouco por todo o lado, os Mnemic têm uma personalidade muito vincada, praticando um groove metal  industrial, que tem conquistado os ouvintes mais atentos. Lançado em 2010, "Sons Of The System" destila qualidade e inovação e só não teve mais impacto a nível de público devido a conflitos entre membros da banda que fizeram com que, praticamente, não se tivessem realizado concertos de promoção ao disco.

Os temas estão ainda mais bem compostos que nos discos prévios, com a sua peculiar contrução baseada na surpresa e no repentismo, misturando riffs potentíssimos com refrões transcedentais e , ritmos altamente criativos e vocalizações - que voz! - bombásticas, quer na parte limpa e melódica quer nas partes agressivas. Outra curiosidade são os samples e sons electrónicos, que dão a esta banda aquela estética futurista e tecnológica, e que aqui surgem inseridos "a dedo" em certas partes para contribuir ainda mais para o valente "kick in the ass" que este álbum representa. Não esquecer as letras, filosóficas e de intervenção, em óptima sintonia com o resto.

Temas em destaque: o tema título, o fantástico mid tempo de "March Of The Tripods" - épico!- e os brutais "Diesel Uterus", "Hero (in)" e "Dreamjunkie", autênticos clássicos para a história do metal.




15 de setembro de 2011

Discos: RED HOT CHILI PEPPERS - "I'M WITH YOU"

Os Red Hot Chili Peppers regressaram. Com novo guitarrista, os Peppers acabam de lançar o álbum "I'm With You" e prometem uma tourneé mundial.Que dizer do novo disco? Apresenta-se ao nível do que de melhor sabe fazer a banda, pelo menos a avaliar pelos seus últimos trabalhos: boas canções, simples, originais q.b. e apelando à boa desposição e descontracção. Em relação aos álbuns anteriores, antes das longas férias que grupo tirou, o disco apresenta-se mais ritmado, com canções mais aceleradas e explorando novos territórios em termos do que tem sido o som à Red Hots.
No entanto, nem tudo são rosas. O estatuto de estreante do guitarrista sente-se demasiado e a guitarra, embora sempre presente, acaba por não se evidenciar ao longo do disco. De facto, os temas andam muito em redor do baixo de Flea e da voz de Anthony Kiedis e as partes instrumentais acabam por rarear parecendo que falta algo ao disco. Resta saber se isto se deve à recusa da banda em dar mais protagonismo ao novo elemento se por incapacidade deste.
Para além disso, saúde-se o regresso de uma das melhores bandas do mundo em termos comerciais e que consegue trazer alguma qualidade real ao maistream.