12 de fevereiro de 2010

THIEVERY CORPORATION - A história

A banda que revolucionou a música de cariz mais electrónico no final da década passada é originária de Washington, Estados Unidos, e é composta por Rob Garza e Eric Hilton, para além dos inúmeros músicos de sessão que os acompanham em estúdio e, sobretudo, ao vivo. A sua música pode enquadrar-se dentro do estilo de música electrónica denominado downtempo, com influencias de dub, acid jazz, música indiana e brasileira (nomeadamente bossa-nova) numa fusão combinada com uma estética lounge.
O seu primeiro trabalho é o EP “A Spliff Odyssey” de 1996 a que se seguiram outros. Mas foi em 1997, com o álbum de originais “Sounds from the Thievery Hi-Fi”, que os Thievery Corporation caíram nas bocas do Mundo. Em pleno auge da explosão da música electrónica / dance que ocorreu na altura, com a conquista de popularidade global de bandas como Prodigy e Massive Attack, certas corrente mais relacionadas com o lounge e com o chill out surgiram entre certas camadas de público mais exigente/inteligente que ambicionava por algo mais calmo sem se concentrar demais na batida. O álbum dos Thievery Corporation, com a sua mistura dub rastafari com novos sons electrónicos, foi imediatamente alvo de aproveitamento pelos principias djs de clubes do género. A partir desse primeiro sucesso, rotulado como o melhor álbum do ano por muitos críticos, o dúo editou vários álbuns de remisturas suas de temas de outros músicos que faziam parte do seu imaginário (desde clássicos bossa-nova até pop alternativo). É o caso do seu “DJ Kicks” e do extraordinário “Abductions and Reconstructions”.
Ao segundo trabalho de originais, a expectativa já era grande e a edição de “The Mirror Conspiracy” (2000) foi já um sucesso mundial, com temas a serem aproveitados para bandas sonoras, genéricos televisivos e nos mais diversos locais, como desfiles de moda, estações de metro, etc. Neste álbum a influência étnica alonga-se a outras áres como a música francesa, e as músicas apresentam-se muito inspiradas e concisas, sem experimentalismos exagerados.
Em 2002 editam “The Richest Man in Babylon” (2002) similar no seu timbre ao trabalho anterior mas concentrando-se, ainda mais, no formato canção. A influência de música da América do Sul é uma das mais valias deste trabalho. Participaram nele músicos como Emiliana Torrini, Pam Bricker e Lou-Lou. O álbum teve a sequela “Babylon Rewound” com remixes dos mesmos temas. Paralelamente a isto, começa a aumentar o número das suas actuações, na qual colaboram inúmeros convidados e músicos de palco, constituindo os seus espectáculos autênticas celebrações.
Depois do fantástico “The Outernational Sound” e de outros trabalhos de remisturas de temas alheios, chega-nos o trabalho “The Cosmic Game”, mais psicadélico e ambiental, onde contam com as participações de convidados tão distintos como Perry Farrel (Jane’s Addiction) e David Byrne.
Notoriamente influenciado por alguns dos últimos acontecimentos sócio-políticos mundiais, e norte-americanos em particular, os Thievery Corporation lançaram em 2008 o álbum “Rádio Retaliation”, mais cantado e virado para os espectáculos ao vivo. Nesse ano, o grupo encheu o Coliseu de Lisboa para oferecer um magnífico espectaculo de som e imagem. A este repeito, pode-se ler um comentário neste link.
No ano passado foi a vez de uma colectânea que serve de pano de fundo a esta actuação no âmbito do Festival Alive 2011.
Para abrir o apetite, cá vai uma pequena amostra do que poderemos ver no concerto: