13 de maio de 2008

STONE TEMPLE PILOTS REGRESSAM!

Os Stone Temple Pilots anunciaram o seu regresso e já actuaram, no passado mês de Abril, num pequeno concerto em Los Angeles para convidados. Depois de alguns boatos e de os seus músicos terem cessado os projectos que vinham desenvolvendo, a banda norte-americana divulgou que se prepara para efectuar uma tourneé pelos EUA e, possivelmente, gravará novo disco.

Os Stone Temple Pilots formaram-se no início da década de 90 quando os irmãos Dean (guitarrista) e Robert De Leo (baixista) encontraram um louco vocalista chamado Scott Weiland. Juntamente com o baterista de sempre, Eric Kretz, gravaram o álbum "Core" (1992) que, em plena euforia grunge, é considerado um clássico do estilo. É neste trabalho que estão temas intemporais da história da música como "Plush", "Creep" ou "Sexy Type Thing". Cada canção do álbum é mesmo um single em potência.

Depois do sucesso mundial e de 2 anos recheados de touneés a banda grava o segundo trabalho, "Purple", no qual aprofundam as características mais personalizada do primeiro trabalho, demarcando-se dos rótulos que lhes haviam posto. Deste álbum - onde se notam influencias de pop-rock dos sixities - destacam-se o excelente "Interstante Love Song","Vasoline", "Big Empty", entre outras. O grupo é novamente aclamado por público e por crítica.

Datam desta altura os primeiros problemas de Scott relacionados com droga e até com a justiça. Ainda assim , o grupo consegue gravar mais um álbum fabuloso, "Tiny Music" (1996), por ventura o trabalho mais diversificado do grupo - onde até interpretam um original de "bossa nova" - não abandonando, claro, os seus traços característicos e o sentido pop de cada tema. O disco praticamente não tem concertos de promoção pois o vocalista entra em várias curas de desintoxicação, para além de ter tido uma condenação com pena suspensa.

Depois de um interregno, o quarto álbum "Nº4" mostram os Stone Temple Pilots de novo em grande forma e Scott Weiland, apesar de tudo, a cantar melhor do que nunca. Temas como "Sour Girl", "Down" ou "I've Got You", entre outros, provam o extremo talento conjugar em doses certas acessibilidade com a criatividade, não descurando nenhum pormenor na execução e na produção. E depois é a heterogeneidade que permite misturar estilos aparentemente díspares como garage, hard rock até revival pop e slows psicadélicos, tudo cabe e soa bem aqui.

O menos bem sucedido último trabalho de originais até à data, "Shangri-La Dee Da"(2001), precipitou o final da banda. Ainda antes desse termo, tiveram ocasião de passar por Portugal (festival Paredes de Coura) num concerto onde o endiabrado vocalista deixou os mais deprevenidos boquiabertos com a sua performance, tendo, inclusivamente, acabado a actuação literalmente "em pêlo".

Aguardemos, pois, por concertos e por música nova desta banda que, pode-se dizer, já faz parte dos grandes nomes da história do rock no seu sentido lato. Big Bang Baby, crash crash crash!!!

Para avivar a memória, eis algumas pérolas:

http://www.youtube.com/watch?v=lEHyrvQOCAU

http://www.youtube.com/watch?v=y2xNyxc5VWs&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=LGbO-nVBaFo

http://www.youtube.com/watch?v=494HNSbRWyw

http://www.youtube.com/watch?v=3XSJjzheHs8&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=WwS_Eu-HLZo