25 de janeiro de 2012

Os melhores álbuns de sempre: SEPULTURA - "LIVE IN MILANO 1993" (Bootleg)

Ao contrário de outros nesta rubrica "Os Melhores Álbuns de Sempre", este cd não é oficial, ou seja, é pirata. Este registo audio tem sido editado com vários nomes mas a gravação é a obtida no concerto que a banda efectuou em Milão em Novembro de 1993, numa tourneé que também passou por Portugal (Dramático de Cascais) com um alinhamentro igual ou semelhante.

Um dos motivos desta escolha prende-se com o fato desta gravação ter sido efectuada no auge criativo do grupo (e início da fase de sucesso mais massivo). Os Sepultura tinham espremido a sua veia thrash com o mítico "Arise", povoado de inúmeras composições épicas, mudanças de ritmo, e um ambiente denso que dava profundidade e "arte" a um género usualmente caracterizado unicamente pela rapidez e energia. Na altura deste concerto, a banda tinha acabado de editar aquele álbum que representaria a sua maior mudança sonora, e mesmo estilística, e que é considerado por muitos como o melhor álbum dos Sepultura: "Chaos A.D.". Este facto faz com que o alinhamentos do concerto esteja repleto de temas daqueles dois álbuns, para além de outros clássicos anteriores.

Em segundo lugar, esta gravação caracteriza-se por uma produção longe das normas técnicas e da sofisticação que um disco oficial exigiria. No entanto, um pouco incrivelmente, o som dos Sepultura acaba por ganhar neste álbum novos contornos até aqui insuspeitos, com um equilíbrio de volumes diferente dos discos de estúdio, as guitarras a rugirem, a bateria com a tarola a soar mais integrada com o resto dos seus instrumentos e o vocalista Max Cavalera com um registo e uma colocação de voz como nunca o ouvimos desde então para cá, algures entre o agressivo e o gutural, dando um clima grandioso a todas as canções. E assim, este disco acaba por soar poderosíssimo, a um nível inigualável na discografia da banda.

Aqui podemos encontrar aquelas que poderão ser consideradas as melhores versões dos hinos de Sepultura - "Refuse/Resist", "Territory", "Inner Self", "Troops Of Doom"... -, magníficas composições que ganham uma nova cara para melhor - "Clenched Fist", "Alterded State", "Dead Embryonic Cells", "Murder",... e outras curiosidades como a versão de Ratos de Porão (Crucificados pelo Sistema), a nova versão de "Anti Christ" (rebaptizada de "Anti-Cop") ou a velocidade inacreditável do baterista Igor em canções como "Beneth The Remains" ou "Escape To The Void".
Um álbum essencial para convertidos ou iniciados, onde o som do metal e do power chord surge no seu melhor: a cru.


1 comentário:

vasco disse...

Um disco pirata que não ouvi mas é um feito se tiver bom som como diz o artigo as vezes acontece eles ao vivo (eu vi os em cascais na tourné do disco arise)tem um som muito cru e denso por isso é natural que a gravação espelhe o power deles.