E os The Chamelons (os Chameleons Vox para ser mais exacto) arrasaram no concerto que deram em Lisboa, 27 anos depois do único concerto que a banda original deu no nosso país. O Santiago Alquimista foi pequeno para a multidão de fãs - alguns em estado "fanático" mesmo - que encheram o recinto. Um concerto espectacular dedicado à música de uma banda única. Público e banda em simbiose perfeita, músicas inspiradíssimas daquelas que têm o condão de nos fazer levitar. Só num concerto destes é que uma fã sobe ao palco para passar uma chamada de telemóvel ao vocalista ou "cigarrinhos para rir", como aconteceu noutra ocasião. «I like this place» respondeu o vocalista em inevitável boa disposição. Sim, porque apesar das músicas terem uma base soturna e intimista, em concerto a sua beleza transmite uma sensação de bem estar e energia que , neste contexto de reencontro inesperado, torna tudo mais emocionante.
Um concerto épico, histórico e... sobrenatural!
Eis o alinhamento, a roçar a perfeição embora com bastantes ausências, claro, que não dava para tudo: 1. Perfume Garden, 2. Pleasure and Pain, 3. Monkeyland, 4. Mad Jack, 5. Less Than Human, 6. Soul In Isolation, 7. Nostalgia, 8. Seriocity, 9. In Answer, 10. Singing Rule Brittania, 11. Second Skin. 1º Encore: 1. In Shreds, 2. Up the Down Escalator. 2º Encore: 1. Swamp Thing, 2. Tears, 3. Don´t Fall.
2 comentários:
Os Chameleons, ou melhor, os ChameleonVox, deram um espectáculo marcante!!
Felizardos aqueles que têm a felicidade de conhecer esta banda ENORME, e dos que presenciaram a celebração que foi este concerto inesquecível, no Santiago Alquimista.
Para mim, a banda já por si é incontornável na história da música rock, exemplificando muito bem o que de melhor se fez nas áreas do pós punk e vanguarda.
E este concerto foi uma oportunidade única para rever, ou para a maioria testemunhar pela primeira vez ao vivo, a força da música desta banda.
E o resultado foi SUBLIME.
Grandes temas, todos eles tocados com uma paixão, e força tremendos.
Um exemplo da dimensão desta banda foi, apesar de terem ficado ainda de fora excelentes temas (A Person Isn’t Safe, Paper Tigers, View from the hill, Intrigue in Tangiers, One Flesh, Home is where,…), a banda fez desfilar um sem número de músicas extraordinárias, entre as quais destacaria: Don’t Fall (Santiago esteve perto de cair…) , Up the Down Escalator, Second Skin (com um coro futebolístico rapidamente contagiante), Monkeyland, Perfume Garden, Soul in Isolation (extra long) e Mad Jack, e …bem executadas por todos (apesar dos guitarristas serem de apoio, e o som original das guitarras ser decisivo para o “som Chameleons”).
Surpreendente (pelo menos para mim) também a adesão, conhecimento e delírio do público. A casa por vezes parecia que ia abaixo…
O Santiago parece ser a sala perfeita para este tipo de concerto, um pouco soturna, e com uma disposição que permite envolver a banda e o público!
E neste concerto foi isso o que se esperava de parte a parte.
O concerto foi assim memorável…para mais tarde recordar.
São estes momentos, celebrações destas, que só ocorrem de quando em vez e…onde “entram em cena” nesta celebração muitas das pessoas que comungam deste estado de alma … Foi bom ver esta gente!!
Mítico!
Ficamos à espera de um reencontro para breve!
Foram anos de espera por esta noite que se adivinhava ser inesquecivel. As espectativas confirmaram-se; os Chameleons continuam vivos (embora sem a formação original), e provaram que a música quando tem qualidade, é intemporal.
Foi no Rock Rendez Vous, em 1 de Dezembro de 1983 a única aparição da banda em Portugal!!!
A simbiose banda /público foi perfeita; Mark Burgess (vocalista) e John Lever (baterista) "originais da banda", e ainda mais três membros dos Bushart: os guitarristas Steve Foxcroft e Chris Oliver, e o baixista Ray Bowles, fizeram as delicias dos presentes. Muito boa gente a reviver uma banda que marcou a musica alternativa nos anos 80.
Havia algum receio devido à ausência dos virtuosos guitarristas originais que criaram tão sublimes ambientes musicais. No entanto, os actuais estiveram à altura do acontecimento , e presentearam-nos com uma noite deveras arrepiante de tão bela.
O Santiago Alquimista teve certamente uma das suas noites mais marcantes no panorama de concertos. Sala perfeita para espectáculos tão intimistas; na verdade são este tipo de concertos que nos tocam a alma.
Segundo um amigo que me avivou a memória nessa noite, eu ter dito ( nos anos 80) que não conhecia nenhuma banda que num primeiro album tivesse feito algo de tão perfeito como "Script of the Bridge". Sem duvida que continuo a afirmá-lo à "boca cheia". Provavelmente um dos melhores albuns rock de sempre.
Obrigado Chameleons por esta noite memorável!!!
Será repetivel??!!
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