25 de abril de 2009

Os melhores álbuns de sempre: YES - "CLOSE TO THE EDGE"

Comentário por Alexandre Quintela

Chegados a 1972 numa fase de profunda interacção harmoniosa entre os músicos atestada pelos dois trabalhos anteriores – The Yes Álbum e Fragile - os YES lançam o seu quinto álbum, Close to the Edge, uma obra corajosa e magistralmente conseguida e com uma aposta acentuada nas eclécticas técnicas de criatividade dos seus membros.
Na sua melhor formação de sempre constavam Jon Anderson (voz), Chris Squire (baixo e back vocals), Steve Howe (guitarra e back vocals), Rick Wakeman (teclados e alguma excentricidade barroca) e Bill Bruford (bateria).
Na faixa título a banda apresenta uma composição épica e difusa, assente numa estrutura clássica em quatro andamentos – embora também com traços que vão desde groovie a pastoral - onde cada detalhe técnico dos diferentes instrumentos se evidencia. Todo o álbum, mas a letra da faixa título em particular, parece ter sido inspirado no livro Siddharta de Hermann Hesse em estreita sinergia com a propensão espiritual conferida por Jon Anderson.
As invulgares marcações dos tempos aliadas à complexidade dos arranjos, além do cunho musical erudito e virtuoso, são as características que melhor definem a inovação que consistiu “Close To The Edge”, considerado por muitos o ponto mais elevado do Rock Progressivo.
O tema “And You and I”, é uma autêntica ode bucólica onde Howe executa com guitarra de 12 cordas temperada com mellotron em crescendo, resultando num momento muito melódico. De sublinhar o poder de síntese de Wakeman.
O tema que encerra o álbum, “Siberian Khatru", é mais acessível desde logo pelos emblemáticos riffs que contornam a música mas também por configurar um curioso cruzamento místico com cadência quase funk. É uma das malhas mais conhecidas e que, resultando muito bem ao vivo, seria a música de abertura de maior parte dos concertos dos YES.
Em Junho de 1972, depois de concluído todo o trabalho de estúdio o baterista Bill Bruford deixa subitamente a banda para se juntar aos King Crimson, pois ansiava por um outro tipo de abordagem mais experimental do progressivo. Desta forma o baterista substituto, Alan White, igualmente uma grande contratação, iniciou a nova digressão europeia, de onde resultaria um grande registo ao vivo, “Yessongs”, gravado em finais de 1972.

2 comentários:

Ricardo Xavier disse...

Tenho esse e outro que na me lembro do nome que ainda gosto mais.
Grandes YES.

Xavier

Anónimo disse...

Esté é um dos principais marcos do designado rock progressivo.
Close to teh edge é o melhor álbum dos Yes, banda que conseguiu reunir a complexidade técnica (os músicos são todos virtuosos), e os aspectos melódicos grandemente influenciados pela voz quase feminina de Jon Anderson.
Por esta altura viviamos uma das melhores fases do rock em geral, e do progressivo em particular nas quais destacaria outros álbuns como Yes Album e Fragile, e outras bandas marcantes para a história como Pink Floyd, Camel ou Genesis.
Um abraço
JB