26 de setembro de 2009

The Cult ao vivo: O ROCK DEVIA SER SEMPRE ASSIM

Os The Cult actuaram no passado dia 25 de Setembro no Coliseu de Lisboa, numa tourneé detinada a celebrar o clássico álbum "Love". E o mínimo que se pode dizer é que foi um concerto com C grande. Desde a introdução até ao final, o espectáculo foi vibrante quer da parte da banda quer do público.O início fez-se de uma introdução que junto com as imagens de fundo aludiu à imagética índia, desde sempre muito associada à banda. Com a entrada de rompante com "Nirvana", os Cult deram início à execução na íntegra daquele mítico álbum (excepto os temas bónus de certas edições). O espectáculo visual é assombroso e o público delira. "Big Neon" e o tema título mostram-se poderosos, com solos cortantes, enquanto que "Brother Wolf and Sister Moon" soou mágico na sua espiritualidade mística. Mas foi com "Rain" e "She Sells Sanctuary" que houve as grandes explosões da parte do público que enchia o Coliseu, entoando os riffs e ajudando o vocalista Ian Astbury nos refrões.
O guitarrista e compositor Billy Duffy (com as suas poses imagem de marca) e a restante banda mostram-se ireepreensíveis na execução técnica, as projecções vídeo no fundo do palco são excelentemente bem escolhidas e Ian Astbury continúa um mestre de cerimónias, apesar dos seus devaneios vocais ao vivo, incentivando o público e atirando panderentas para a plateia.
Depois de uma saída de palco, os Cult regressam para um encore potentoso num rodopio de sucessos - como "Wild Flower", "Sun King" e "Fire Woman", entre outras - recebidos esfusiantemente, para além da passagem pelos singles dos últimos álbuns: "Rise" (de "Beyond Good And Evil") e "Little Rock Star" (de "Born Into This"). Para o final ficou guardado o hino "Love Removal Machine" com o seu final em hardcore para a despedida.
A reacção dos fãs merecia por ventura um regresso mas as luzes do recinto acenderam-se em sinal de adeus definitivo. O público ainda estava ainda embasbacado com o fulgor da actuação. A execução do álbum em destaque neste espectáculo, "Love", soou maravilhosa, beneficiando da excelente qualidade das músicas, do seu alinhamento, da boa produção visual e do som mais sofisticado que agora ganham. O encore realizou-se num ambiente de clímax constante com êxitos em catadupa e, por isso mesmo, talvez tenha carecido de um tema calmo para ficar mais bem composto.
Em todo o caso, uma actuação quase perfeita a mostrar como se faz um verdadeiro concerto rock com talento e técnica.
Link vídeo aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Grande concerto de rock n´roll!
Os Cult provaram mais uma vez ser uma das bandas incontornáveis na história do Rock.
O álbum "Love" que serviu de pretexto para a realização desta tour, justificava, pela sua singularidade e elevada qualidade, a sua revisitação ao vivo e ao fim de 24 anos com recursos cénicos superiores aos de 1985.
Pode-se dizer que "está na moda" as bandas revisitarem álbuns do passado, pode-se sempre dizer que é uma forma de fazer render uns bons dinheiros em contraste com o pouco éxito dos últimos álbuns.
Para mim isso é "bull shit" e para mim foi um prazer enorme poder ouvir ao vivo e...a 10 metros de distância um álbum mítico!, e outros temas igualmente marcantes para a história do rock.
Destaque para Billy Duffy. Um senhor (tocou na perfeição LOVE!!), ao contrário, Ian Astbury pecou pelas habituais falhas de voz ao vivo que contrastam com a excelente voz em estúdio.
O público para mim foi uma surpresa, pela positiva.
E foi muito bom ver que a música une as pessoas...foi bom rever as pessoas que se identificaram com este som há decadas atrás. Quem curte não esquece!
Grande banda!

Raf Alex disse...

Fica um sentimento de tristeza/arrependimento por não ter estado neste concerto; afinal de contas o albúm "LOVE" é para mim um dos meus Top Ten de sempre. Grandes Cult!!!