14 de abril de 2012

BEM VINDO !


Este blogue, ao longo dos seus vários artigos, oferece informação ao internauta que pode ajudá-lo a identificar alguns dos melhores intérpretes da música moderna. Ao mesmo tempo, dá a conhecer também alguns excertos da História daquela que é uma das mais importantes e populares formas de cultura e entretenimento. 

Todos artigos que constam neste blogue mantêm a sua actualidade e podem ser acedidos através do "elevador" (mensagens antigas, etc. ou indo ao "Arquivo".

Boa música e divirtam-se!

5 de abril de 2012

Os melhores álbuns de sempre: PANTERA - «VULGAR DISPLAY OF POWER» (1992)

Uma autêntica obra prima da música contemporânea. O paradigma de como deve ser um álbum de rock, no seu sentido lato: enérgico, diversificado, original, honesto, coerente, e altamente bem executado. Todos os temas, do primeiro ao último, são autênticas bombas, não há nenhum ponto fraco, nenhum momento banal ou aborrecido, enfim, não há um único segundo em que não se respire genialidade por todos os poros. Beneficiando de uma produção extremamente cuidada para a altura, os Pantera põem em prática um arsenal de grandes canções baseadas em riffs raivosos e ritmos cheios de groove, onde criatividade e técnica se entrelaçam na perfeição.
Os temas vão desde as canções meio industrias em mid tempo (Walk, Be Driven By Demons), baladas polvilhadas de rap metal (This Love), hardcore (Fucking Hostile) ou apenas excelentes músicas de metal extremamente ritmado (Regular People, No Good). Phil Anselmo, ex-boxer, com visual e atitude straight-edge (ainda na sua fase pré-junkie decadente), debita letras agressivas que apelam à energia individual. Uma característica peculiar dos Pantera é o facto de em cada tema existir sempre um auge que normalmente é na parte instrumental, onde sobressaem os solos assombrosos de Dimebag Darrel e se alcança uma intensidade sonora verdadeiramente poderosas e original - veja-se o caso de Rise e Live In A Hole, por exemplo. Mesmo aqueles pouco familiarizados com sons mais pesados ficarão rendidos à genialidade de Hollow, que ainda assim termina com uma estremecedora conclusão.
A nível da estrutura da música estão aqui algumas das raízes do chamado nu-metal (Korn, Deftones, etc.) ou do hardcore new school (Biohazard, Hatebreed, etc.), para além ter constituido uma autêntica revolução no metal e no rock em geral - que chegou até ao vestuário e visual de músicos e fãs.
Por vezes espantamo-nos com a simplicidade propositada de alguns temas, mas depois apercebemo-nos que é esse o segredo dos Pantera, primeiro atraem pela força e pujança dos riffs e dos refrões, depois vamos sendo gradualmente seduzidos pelos pequenos grandes pormenores que constituem este álbum. Aqui acaba o heavy clássico, melodioso, das grandes cavalgadas e das poucas variações rítmicas, e começa o som feito de instinto e energia crua. E o que é mais admirável é ter a sensação de que tudo isto surgiu à primeira e nada foi premeditado. E um “New Level” foi alcançado.