30 de outubro de 2010

Discos: JAMIROQUAI - "ROCK DUST LIGHT STAR"

Os Jamiroquai vacabam de lançar o seu novo álbum - o primeiro em 5 anos - com o nome de "Rock Dust Light Star". O trabalho apresenta, como de costume, o funky de qualidade que Jay Kay e companhia já nos têm habituado. Ou seja, o melhor neste estilo a nível mundial, do ponto de vista do talento num contexto pop.
O álbum apresenta um som mais orgânico, fruto de um maior trabalho de composição e de um som mais "live" baseado nos intrumentos clássicos. É claro que o álbum não apresenta a frescura do masterpiece "Travelling Without Moving", os hits de "Synkronized" ou os improvisos funk dos primeiros trabalhos. No entanto, mantém a bitola alta, numa base funk/acid jazz, desta vez com uma tendência um pouco mais chill-out e aproximações a estilos diversos como o disco-sound e o reaggeae. Uma das supresas do álbum é o easy-listening de Two Completely Different Things, bem como a espécie de funk atmosférico de She's a Fast Persuader. De resto, temas como White Knuckle Ride, Blue Skies, Hey Floyd e o tema título do álbum, estão ao mesmo nível dos grandes êxitos que têm caracterizado o grupo. A sonoridade geral do trabalho é bastante diversificada, beneficiando da excelente produção que aposta na sobriedade e na sofisticação, apesar da predominância dos instrumentos convencionais e da gravação live que percorre todo o disco. 
Embora não sejam consensuais, os Jamiroquai são um grupo com uma fama considerável a nível mundial. Uma coisa é certa, com este disco temos mais uma dose de boa disposição (ou mais correctamente good mood) que, entrando na onda, não deixa ninguém indiferente.
O alinhamento que é o seguinte: 1. Rock Dust Light Star 2. White Knuckle Ride, 3. Smoke and Mirrors, 4. All Good In The Hood, 5. Hurtin', 6. Blue Skies, 7. Lifeline, 8. She's a fast Persuader, 9. Two Completely Different Things, 10. Goodbye To My Dancer, 11. Never Gonna Be Another, 12. Hey Floyd.

20 de outubro de 2010

Os melhores álbuns de sempre: FLEET FOXES - "FLEET FOXES"

Da mesma cidade onde nasceu o movimento grunge, voltaram a vestir-se camisas de franela de quadrados para marcar um novo marco na historia do rock alternativo. Robin Pecknold, Skye Skjelset, J. Tillman, Casey Wescott y Christian Wargo juntaram-se para recordar os nostálgicos sons quase esquecidos dos The Mamas and The Papas, Beach Boys e Eagles, mas de uma forma totalmente renovada.
Os Fleet Foxes começaram a sua caminhada em 2006 e, pouco a pouco, foram ganhando popularidade graças às suas fortes composições e grandes interpretações que em relativamente pouco tempo os levaram para a crista da onda. Depois de dois EPs aclamados pela imprensa especializada, em Junho de 2008 chegou o seu esperado disco de estreia "Fleet Foxes". As expectativas eram altas, mas eles souberam superá-las editando aquele que é possivelmente um dos discos mais importantes da década.
Com uma produção característica (muito pouco comprimida para os tempos actuais), composições míticas, uma interpretação impecável e vozes harmoniosas, os Fleet Foxes conseguiram um som que parece retirado da directamente essência da historia do rock.
Ouvir este CD é uma experiência memorável. Logo a a abrir, as vozes de "Sun It Rises" tomam conta da mente do ouvinte e transportam-no para um lugar em que a harmonia domina. Depois vem a jóia do disco "White Winter Hymnal", uma obra vocal que se encaixa perfeitamente no que se convenciounou chamar música indie mas que engloba muits mais conceitos (folk, neo hippie, etc).

O disco acelera com "Ragged Wood", como para nos fazer lembrar que se trata de um disco rock, torna-se íntimo em "Tiger Mountain Peasant Song", alegra-se em "Quiet Houses", … e então chega "He Doesn’t Know Why", a prova dos nove de que os Fleet Foxes são compositores e intérpretes magistrais, das melhores músicas pop dos últimos anos, simples e genial.
"Heard Them Stirring" soa a seguir, para que não ficarmos demasiado extasiados, mas 3 escassos minutos depois a maravilha volta aos nossos ouvidos. Por esta altura custa-nos acreditar que "Your Protector" seja un tema escrito por um grupo com tão poucos anos de vida. "Meadowlarks" e "Blue Ridge Mountains" flúem sem sabermos como é possível conseguir um som tão perfeito sem cair na repetição.
Depois de escutar este disco, temos a sensação de se ter escutado uma autêntica obra prima. Só o tempo o dirá se estamos perante um clássico a nível de fama. Para já, foi editado e está aí para quem queira ouvir a arte dos Fleet Foxes.

10 de outubro de 2010

Discos: FEAR FACTORY - "MECHANIZE"

Os Fear Factory editaram este ano o álbum "Mechanize". Com uma nova formação constituída por Burton C. Bell (voz), Dino Cazares (guitarra), Gene Hoglan (bateria) e Byron Stroud (baixo), o grupo oferecem-nos neste álbum um dos trabalhos mais pesados até à data, não deixando de apresentar grande qualidade e uma excelente performance no seu melhor estilo. Em destaque os temas Mechanize, Industrial Discipline, Christxploitation e Controlled Demolition. Do lado mais melódico temos os excelentes Disigning The Enemy e Final Exit. O regresso aos discos para assinalar o regresso aos concertos de uma das bandas mais enérgicas e talentosas deste estilo.

5 de outubro de 2010

U2 AO VIVO EM COIMBRA: A ÚLTIMA SUPERBANDA ?

Grandioso! Estonteante!... Faltam adjectivos para classificar o concerto dos U2 do passado dia 3 em Coimbra. A nível de produção visual e sonora não há palavras: existem os U2 e depois o resto... Mas mais importante é toda a carga histórica das canções que remete para diferentes momentos das vidas de cada um dos ouvintes, canções intemporais a milhas de distância de se resumir a um qualquer álbum ouvido a correr num qualquer mp3 - sem perceber a mensagem nem ouvir os pormenores musicais.
E depois temos os U2 pessoas, músicos de grande sensibilidade e bom gosto, comandados pelo carismático Bono que nos faz passar essa mensagem de optimismo, de esperança e de acção na busca de um sonho. O sonho, neste caso, passou muito pelas mensagens de solidariedade e de incentivo a ajudar casos concretos de pobreza ou de falta de liberdade, presentes no concerto, e até nas campanhas que fora do recinto se levavam a cabo por voluntários junto dos espectadores.
Para a história ficam aqui alguns flashes em vídeo - vejam-nos do princípio ao fim - das emoções vividas nessa noite e o alinhamento que incluiu dois temas novos, um deles em estreia mundial absoluta.



1.Return Of The Stingray; 2.Beautiful Day; 3.New Year's Day; 4.Get On Your Boots; 5.Magnificent; 6.Mysterious Ways w/ Can't Stand The Rain; 7.Elevation; 8.Until The End Of The World; 9.I Still Haven't Found What I'm Looking For; 10.Pride (In The Name Of Love) 11.Boy Falls From The Sky; 12.In A Little While; 13.Miss Sarajevo; 14.City Of Blinding Lights; 15.Vertigo w/ She Loves You; 16.I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight w/ Relax/Two Tribes; 17.Sunday Bloody Sunday; 18.MLK; 19.Walk On w/ You'll Never Walk Alone.
Encore: 20.One; 21.Where The Streets Have No Name w/ Amazing Grace.
Encore 2: 22.Ultraviolet (Light My Way); 23.With Or Without; 24.Moment of Surrender w/ Singing In The Rain.