20 de junho de 2009

Perdidos no tempo: XMAL DEUTSCHLAND

Os XMAL DEUTSCHLAND são uma banda alemã de rock gótico, formada em Hamburgo, em 1980, por Anja Huwe (vocais), Manuela Rickers (guitarra), Rita Simon (baixo), Fiona Sangster (teclado) e Caro May (bateria).O primeiro single da banda, Großstadtindianer é lançado em 1981. Neste ano, Rita Simon é substituída Wolfgang Ellerbrock. O primeiro sucesso, Incubus Sucubus, data de 1982, e é um dos grandes marcos do estilo gótico. Caro May é substituída por Manuela Zwingmann. No mesmo ano, o grupo faz a primeira parte de concertos dos Cocteau Twins, em Inglaterra, e a editora destes, a 4AD, contrata-os. Um ano depois, em 1983, os XMAL DEUTSCHLAND lançam o seu primeiro álbum, Fetisch. O álbum é bem aceite no Reino Unido, atingindo o terceiro lugar na tabela independente. Manuela Zwingmann sai da banda e é substituída por Peter Bellendir.

Com "Tocsin", de 1985, afirmam-se como um dos expoentes da corrente gótica / pós-punk embora facilmente identificáveis pela voz de Anja, mas também por belas canções em que a preponderância da violabaixo se misturava com os teclados e a guitarra, que alternava distorção com som limpo reverbado.
A carreira dos XMAL DEUTSCHLAND atinge o seu auge com o álbum Viva, em 1987. Dois anos depois, o álbum "Devils", em inglês e com um som mais comercial, representou uma mudança que não foi bem recebida pelos seus seguidores acabando por ditar o fim da banda.

5 de junho de 2009

Concerto - AC/DC: IGUAIS A SI PRÒPRIOS

E como se esperava, o concerto dos AC/DC no passado dia 3 de Junho no Estádio de Alvalade foi de arrasar. Uma grande produção cénica e sonora para aquela que é uma das maiores bandas de todos os tempos. No cenário despontava uma locomotiva, ladeada por 4 ecrãs enormes que alternavam imagens dos músicos com outras alusivas às canções. Neste aspecto, a maior curiosidade ainda foram os inocentes chifres de mafarrico luminosos que, durante o concerto, criavam um efeito magnífico com as luzinhas vermelhas a piscar por todo o estádio.
Iniciando o concerto com "Rock 'N Roll Train", os AC/DC apostaram nos temas cássicos da sua carreira, nomeadamante uma boa mão cheia de temas da fase Bon Scott que já não eram executados há muitos bons anos como: "Hell Ain't No Bad Place To Be", "Shot Down In Flames" e "Dog Eat Dog". O resto, foram algumas canções do seu último trabalho misturadas com os clássicos de sempre: "Back In Black", "Thunderstruck", "You Shook Me All Night Long", etc. Pelo meio houve os inevitáveis números habituais como o strip de Angus em "The Jack", a boneca insuflável no imparável "Whole Lotta Rosie" e o sino de "Hells Bells". A cavalgada de "Let There Be Rock" serviu como pano de fundo para o solo do mítico do guitarrista que culminou numa explosão de confettis que se espalharam por todo o recinto. Para o encore ficaram "Highway To Hell" e "For Those About Rock", com os canhões a ressoarem em jeito de cerimónia.
Surpreendente mesmo, no meio disto tudo, é a disposição física destes sexagenários que aceitaram regressar ao activo apesar de tudo o que isso implica: extrema energia destilada, tanto ao nível da execução musical como da postura dos músicos em palco. Tal como a sua música, os AC/DC continuam iguais a si próprios, E os fãs, pelos vistos, não quereriam que fosse de outra maneira.